Eleições 2018 – Eleger mais mulheres – Brasília – DF
No momento em que o país se prepara para as eleições de outubro de 2018 cabe a indagação de por que no Brasil temos tão poucas mulheres no parlamento. Por que é tão importante eleger mais mulheres e o que é preciso ser feito para garantir que isso ocorra?
Há um consenso na sociedade em relação a que o Congresso que temos hoje não reflete os interesses da maioria da população e muito menos a vontade de mais de 50% dela, as mulheres, então é necessário pensar no que a ampliação da presença das mulheres no parlamento pode ajudar a superar a distância entre o Congresso e a sociedade, e a imensa desigualdade que há entre a participação política das mulheres em relação aos homens no Congresso e em geral no país. Queremos, portanto, Eleger Mais Mulheres, mas para fazer o quê?
Há na sociedade um clamor por mudanças na política brasileira, nos políticos, no Congresso Nacional e nos partidos políticos, assim como pelo fim da corrupção para que políticos honestos passem a compor o Congresso Nacional e o Planalto. Não se quer a reeleição de políticos desonestos e com ficha suja. Em que isso pode beneficiar a eleição de mais mulheres?
Para fazer o mesmo que a maioria dos atuais congressistas têm feito, que diferença faz a eleição de homens ou mulheres? É preciso mudar a forma de fazer política no país. Honestidade, sinceridade e patriotismo devem ser o caráter de todo e qualquer político, seja homem ou mulher. As mulheres podem ser decisivas para mudar a maneira de como se faz política no Brasil. Sua participação expressiva no Congresso pode contribuir para essa mudança? E qual é a política que precisa ser feita? Estamos preocupados com forma sem conteúdo? O que fazer para termos um congresso honesto, que defenda os interesses nacionais e represente a vontade popular incluída aí vontade delas que são 52% do eleitorado, segundo dados de março de 2018 do TSE? Por que no Brasil apenas 10% das mulheres são deputadas ou senadoras? Por que só 11% são prefeitas? Por que nas eleições de 2016 em todo o país, segundo informa o TSE, dos cerca de 16 mil candidatos que não tiveram nenhum voto (as chamadas candidaturas laranjas), 14.417 eram mulheres e apenas 1.714 eram homens?
Apesar disso e por méritos próprios as mulheres já ocupam 43,3% da força de trabalho, elas trabalham fora, contribuem para a renda familiar, ganham um salário muitas vezes mais baixo que o dos homens, mas isso não significa menos tempo gasto por elas com trabalhos domésticos e cuidados com os filhos. A dupla jornada de trabalho persiste, pois persiste a cultura machista por um lado e por outro a “guerra dos sexos” que em nada contribui para a superação dessa gravíssima injustiça.
Juntemos nossas forças.
Programação
10:00h – Abertura: João Goulart Filho
Vice-Presidente Nacional do PPL
Presidente do PPL do Distrito Federal
Pré-candidato a presidência da República pelo Partido Pátria Livre
Prof. Nilson Araújo de Souza
Presidente da Fundação Instituto Claudio Campos
Rosanita Campos
Vice-Presidente do Partido Pátria Livre
Diretora da Fundação Instituto Claudio Campos
Dra. Verônica Fialho Goulart
Vice-Presidente do PPL de Brasília
Edna Costa
Presidente do Diretório Estadual do Partido Pátria Livre de Pernambuco
12:00h – Almoço Livre
14:00 – Mesa de Debates – Mediadora – Thereza De Lamare Franco Neto
Secretária da Mulher do PPL/DF
Palestras: 15 minutos para cada expositora.
Márcia de Campos Pereira –Secretária Nacional da Mulher do Partido Pátria Livre.
Tema 1 – Sem desenvolvimento econômico independente e sustentável, é possível avançar na luta contra a discriminação da Mulher? Educação pública de qualidade, saúde pública e gratuita para todos, o fim do déficit habitacional e uma política nacional de segurança pública são questões de interesse da mulher ou estão fora da pauta feminista? Por que a lei que obriga a que 30% de mulheres façam parte das chapas de candidatos dos partidos não vale em relação aos recursos financeiros e não se reflete na composição das direções partidárias? Não seria justo que houvesse equilíbrio e que os organismos partidários fossem paritários – 50% composto por homens e 50% por mulheres? Não podemos transformar isso em lei? Como chegar a pelo menos 30% de mulheres na Câmara Federal e senado, nas Assembleias Estaduais e nas câmaras municipais? Para que Eleger Mais Mulheres?
Dra. Verônica Fialho Goulart – Vice-Presidente do PPL/DF
Tema 2 – O Brasil precisa retomar o rumo do desenvolvimento com crescimento e distribuição de renda. Algumas reformas necessárias. O papel das candidaturas femininas nas eleições de 2018. Por que queremos ser candidatas?
Prof. Luciana Brito de Freitas – Especialista em Educação Matemática, Supervisora Pedagógica da SEDF – Representante da Rede Sustentabilidade – Membro da Coordenação da Elo Mulher.
Tema 3 – A Mulher, o desenvolvimento nacional com sustentabilidade e a promoção do equilíbrio social com mais direitos e igualdade. Uma Política Nacional de Segurança Pública é necessária para conter a violência contra os jovens negros e as mulheres? A Educação pública de qualidade pode mudar a vida das futuras gerações e contribuir para a superação da cultura machista discriminatória. Ela deve ser uma meta para o futuro presidente da República?
Glaucia Morelli – Presidente da Confederação das Mulheres do Brasil
Tema 4 –A creche como um direito das mulheres essencial para as crianças e como dever do Estado. O direito ao trabalho. A valorização da maternidade: ser mãe é um “problema” só da mulher? A licença maternidade de um ano, o aleitamento materno e a saúde da criança. O combate a carestia, a especulação com os preços dos alugueis e papel dos movimentos sociais e das entidades femininas nessas lutas e por direitos iguais, contra todas as formas de discriminação, sobretudo das mulheres negras, e pela promoção da Mulher em todos os níveis.
Maria Pimentel – Secretária de Relações Internacionais da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
Tema 6 –A luta contra a discriminação da Mulher no Trabalho e por salários iguais entre homens e mulheres que exercem a mesma função. A defesa da previdência pública. O papel do movimento sindical na luta pela pela retomada da industrialização e contra os juros estratosféricos que drenam os recursos do orçamento para os bancos, pela valorização dos salários, o fim do desemprego e pela ampliação da participação feminina na sociedade.
16:00h – Debates com perguntas e intervenções do Plenário
18:00h – Encerramento
Homenagem especial à D. Maria Tereza Goulart – Ex-Primeira Dama do Brasil, viúva do Ex-Presidente João Goulart, deposto pelo golpe de 1964.
Em honra à gloriosa história e à memória do Presidente João Goulart, herdeiro político de Getúlio Vargas, que tudo fez para que o Brasil fosse um país desenvolvido e soberano garantindo os direitos dos trabalhadores. Jango, como Getúlio, sofreu sempre o ódio dos poderosos e entreguistas contra si, mas por isso também contou sempre com o apoio de D. Maria Tereza Goulart, sua esposa, mulher simples, bela e forte, exemplo para todas as brasileiras, e que esteve ao seu lado e o acompanhou até seus últimos dias de vida no exílio, compartilhando uma história de renúncias, heroísmos e compromissos com os trabalhadores, o povo, a nação brasileira.
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